Hoje toquei numa nuvem no regresso a casa. Estava tão baixa em relação às outras e eu estava tão elevada. Era branca e fresca, ainda tão jovem. Mal eu me despedi, ela chorou. Tornou as lágrimas dela nas lágrimas dos outros e criou uma autêntica tempestade. As nuvens choraram por não terem mais ninguém que lhes sussurrasse os contos de fadas ou lhes recitassem poemas. Tão triste que elas são. Tão tristes as lágrimas que vertem. Espero que se lembrem que essas lágrimas foram absorvidas pela minha pele que nunca mais as libertará e se prestarem atenção, um poema, a minha pele vos recitará.